Total de visualizações de página

Neste Blog

quinta-feira, 9 de maio de 2013

AMACIS NA UMBANDA


 
 
Pra todos que olham
Pra todos que estão aqui
Muita atenção
Hoje é noite de Amaci
 
 
 
Hoje gostaria de compartilhar com vocês, meus amados Irmão de fé, este texto maravilhoso do Mestre Adriano Camargo, o Erveiro da jurema, uma oportunidade impar de aprendizado, que esclarece de uma vez por todas, a polemica a respeito dos Amacis nos terreiros de Umbanda, aproveitem a Leitura e Saravá a todos.
 
 
 
Os Amacis
 



   Chamados de amacis, as águas de lavagem de cabeça têm várias funções dentro dos rituais afroreligiosos e seus descendentes litúrgicos como a Umbanda.
   Como o nome já diz, “água de lavagem de cabeça”, ou água para o ori, são preparados especialmente para o uso na cabeça, no chacra coronário.
   Dentro da Umbanda, o consagrado uso dos banhos, tomados em reservado, cada um em suas próprias casas, após seu banho normal, utilizando-se para isso de ervas e outros elementos, serve como forma de trazer para o campo astral individual as vibrações, sejam dos Orixás, sejam vibrações específicas desencadeadoras de ações (verbos) que acentuam nos campos vibratórios naturais humanos a força dessa ação.
   Os banhos não requerem um conhecimento tão profundo, tanto que são recomendados pelos próprios guias para que sejam usados pelos consulentes em suas casas, como já dissemos.
   A forma de uso segue o padrão que a entidade (guia) achar necessário, ou que a própria pessoa e suas convicções acreditem ser o necessário: fervido ou não fervido; da cabeça aos pés ou do pescoço para baixo, etc.
   Já os chamados “amacis” têm funções literalmente específicas e seguem um padrão religioso doutrinário próprio de cada casa, dirigente, propósito; enfim, há centenas, ou quem sabe até milhares de formas e objetivos para se preparar um amaci.
   Os amacis podem ser coletivos ou individuais, e o que vai determinar isso é exatamente o que citamos acima: o propósito e a convicção de quem o está preparando e quem irá recebê-lo.
   Vale lembrar também que é uma questão de respeito e confiança receber um amaci na cabeça.
   Esse ato litúrgico honra o sacerdote e sua casa. Aplicar um amaci na cabeça de um iniciando é um ato de muita força dentro dos templos, e requer disciplina e retidão para que seja atingido seu objetivo.
   Não se usa um amaci apenas “por usar”... é importante que se estabeleça um objetivo claro para o preparo.
   Vamos citar alguns desses objetivos, mas é claro que não são os únicos; como disse, pode haver uma infinidade de motivos e formas de se preparar um amaci:


  • Amaci de preparação para apresentação
   Muito comum na Umbanda da atualidade, esse amaci consiste em folhas, cascas, sementes, frutos, etc., maceradas (quinadas, amassadas, trituradas), preparadas, caso sejam pelo próprio dirigente, com antecedência, e deixadas na frente do congá, em iluminação de velas nas cores do Orixá regente da vibração.
   É usado nos cultos e giras coletivas, onde todos serão apresentados, em sua mediunidade, à vibração daquele Orixá.


   Normalmente é colocado no ori, que é protegido com um pano branco ou uma cobertura adequada.
   Nota – percebo ainda hoje, mesmo sendo abençoados com tantas informações, muitos irmãos questionam o uso dos amacis coletivos, encarando de forma que essa energia pode ser incompatível com a sua vibração original ou a vibração de seu Orixá de cabeça.
   Muito bem, entendendo que tudo na criação é vida e vibração, cada elemento vibra de acordo com uma nota (força) da criação, então cada erva tem seu (seus) Orixá(s), assim como as frutas, flores, animais e tudo o mais. Sendo assim, teríamos que identificar o Orixá de cada ser vivente para que ele se alimentasse, vestisse, convivesse apenas com elementos compatíveis com sua vibração original. Sabemos que isso é impossível, portanto, não há nada de aberrante em se usar um amaci coletivo, na vibração específica de um Pai ou Mãe Orixá que não seja uma vibração direta de seu triângulo vibratório (Orixás Ancestral, Frente e Juntó).
   Assim como não há nada de aberrante em usar algum elemento na cabeça, desde que você não esteja envolvido religiosamente em um contexto que não permita esse ato.
 

  • Amaci individual de iniciação
   Esse é o mais comum, preparado especificamente para o fim da iniciação individual, será determinado pelo guia chefe do próprio médium ou pelo dirigente (ou Guia Dirigente do terreiro).


   A forma com que será iluminado, cores, número de velas, etc., será também definida por ele.
   Normalmente são feitos com antecedência do ato iniciatório e podem ser usados por dias anteriores ao momento da iniciação.


  • Amacis específicos 
   Assim como os individuais, podem ser determinados pelos guias como forma de atuar com muito mais intensidade do que um banho. Por exemplo, peguemos um caso de atuação negativa, causando reações orgânicas que levam à geração de doenças físicas. Num exemplo como esse, podemos recomendar um amaci de limpeza, usado por um, três, cinco ou até sete dias, todos os dias antes de dormir a pessoa colocará esse preparo no chacra coronário e eventualmente em algum outro chacra ou parte do corpo onde está localizada a ação negativa e o reflexo da doença, envolvendo com um tecido branco ou colorido de acordo com a necessidade.
   Dentro de um terreiro, é muito positivo o preparo dos amacis por todos. Juntar os médiuns em reunião específica para isso, com um bom conjunto de ervas e líquidos (bebidas rituais, essências, etc.).



   Podemos usar ervas secas ou frescas para os amacis. Se for usar preparos prontos, use somente os de ervas escolhidas para aquela vibração e nunca os líquidos prontos, que prezam pela facilidade mas nunca pela competência vibratória.
   Pegue as ervas, triture-as de preferência com as próprias mãos, já em uma bacia ou recipiente apropriado (se puder, use recipientes metálicos ou de vidro).
Adicione água mineral, que pode ser usada para todos os preparos, de todos os Orixás e para todos os motivos. Triture um pouco mais com as mãos e adicione os líquidos necessários, e por último as pétalas de flores, se forem usadas.
   Deixe repousar por algum tempo, que pode variar de acordo com a necessidade do preparo. É muito positivo iluminar esse amaci em um círculo com sete velas acesas, que seguem as cores do Orixá regente.
   Por experiência própria, posso recomendar que em todos os amacis, de qualquer Orixá, sempre esteja presente pelo menos uma erva de Pai Oxalá. Entendemos que esse amado Pai está presente em toda a criação e a atuação de suas ervas reflete um caráter “formador, condensador, magnetizador” mesmo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

CARO INTERNAUTA UMBANDISTA, COLABORE COM NOSSO BLOG.
Poste nos comentarios suas duvidas sobre nossa religião, terei prazer em tentar ajudar a sana-las