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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz Natal


   O Natal comemoramos o Nascimento de Jesus Cristo que para nos Umbandistas foi um enviado direto do Orixá Oxalá sob irradiação de Oxum, um iluminado de muita importância, pois sobe com amor e suas palavras, direcionar muitos a fé a nosso Criador. É Cultuado em varias Religiões, portanto o Natal é um período de grandes vibrações energéticas voltadas a fé, ao amor, a caridade.
   Aproveitemos este período repleto deste amor, para praticarmos uma boa ação, vista uma criança necessitada, ou propicie uma ceia aos moradores de rua, ou qualquer outra ação que acalente seu coração e a tristeza de nossos irmãos mais necessitados.
   Seja Umbandista também no Natal, faça caridade por amor a criação divina e agrade nossos Orixás.

   Feliz Natal a Todos, e que o ano que se inicia sobre a regência de nosso pai Obaluaê, seja repleto de evolução, sim evolução o trono regido por nosso amado pai.


Axé a todos

   

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Eu sou umbandista, só umbandista e você??

SOU UMBANDISTA, APENAS UMBANDISTA!!!ESTA É A MINHA VERDADE!!!

 
 
 
 
 
Por Alexandre Cumino
 
   Não vemos católicos que são judeus, não vemos muçulmanos pentecostais, não vemos budistas jainistas. No entanto, vemos umbandistas que são candomblecistas, umbandistas católicos, umbandistas espíritas, umbandistas evangélicos e etc. Muito curioso, praticar duas religiões que tenham fundamentos totalmente diversos.
   Sou umbandista, apenas umbandista, pois a Umbanda me basta em todos os sentidos e expectativas.
   Pertencer a uma religião é ter seus valores como valores de sentido para nossa vida. Viver com valores dissonantes é ter uma vida com caminhos dissonantes. Cada religião tem uma egrégora de energia própria e nem sempre as egrégoras se complementam. Pelo contrário, muitas vezes se chocam, por conta de seus valores e convicções diversos.
   Pertencer a muitas religiões não é como fazer muitos cursos e pendurar seus diplomas na parede. Cada religião chama, e algumas exigem, que seu adepto assuma seus valores em um caráter confessional, ou seja, confissão de fé, aceitação de que ali está a sua verdade. Fica a pergunta: onde está a sua verdade, onde está seu coração?
   Pertencer a muitas religiões pode criar uma hipocrisia religiosa, pois num dia da semana você nega os valores que prega no outro dia da semana.
   Múltipla pertença religiosa tem sido usado como rótulo para dizer que é mais descolado, mais espiritualizado. O que não corresponde a verdade. O mais espiritualizado é aquele que vai mais fundo dentro de si mesmo para vencer suas dores e dificuldades, e logo se torna melhor para todos ao seu redor, por se tornar alguém mais bacana, mais agradável, mais feliz, mais realizado.
   Usamos palavras como humildade, paciência e desprendimento para rotular quem é mais espiritualizado.
   Talvez por isso, os interessados em ser mais espiritualizados vão forjando uma imagem de si mesmos, forjando uma máscara social de mocinhos e mocinhas da luz... este é o “ego espiritualizado”, uma hipocrisia espiritual.
   Ser espiritualizado é ser você mesmo antes de tudo e tomar consciência da vida material, espiritual, mental e emocional, tudo junto. Mesmo porque, querer ser espiritual, negando o corpo e a mente, é um erro cometido por religiões repressoras que prometiam o céu a quem negasse tudo que existe no mundo.
   Mesmo nos dedicando muito a uma única religião, ainda assim não é fácil ter um aprofundamento da mesma em nossa alma e espírito, o que dirá praticando muitas. Não se consegue ter profundidade em nenhuma, fica sendo algo superficial. Nos enchemos de coisas e elementos externos para tentar tapar um buraco existencial: nossos medos e fraquezas.
   Existem muitas religiões, porque existem muitas formas diferentes de entrar em contato com o sagrado, com o divino, e cada grupo de pessoas se identifica com uma forma, ou cria uma nova forma de sentir e expressar sua espiritualidade.
   A Umbanda, por se tratar de uma religião nova, que nasceu no mundo moderno e se desenvolve no mundo pós-moderno e contemporâneo, é muito moderna, inovadora, aberta, evolucionista e inclusiva. A Umbanda nos oferece uma quantidade infinita e inesgotável de recursos. A incorporação e o passe mediúnico são apenas dois dos inesgotáveis recursos da religião. O fato é que subestimamos a Umbanda e muitos, na primeira dificuldade, procuram uma outra religião, ou o sacerdote de outra religião para lhe orientar e este vai lhe cuidar segundo fundamentos de outra religião. O correto seria ter paciência e confiar em seus guias de Umbanda. Se aprofundar e buscar respostas no lugar onde mora a sua verdade. Descobrir que a Umbanda tem fundamentos e recursos que vão se abrindo e se apresentando de acordo com nossas necessidades. Ao longo de muitos anos, vários recursos vão se abrindo dentro da religião, muitos mistérios se descortinam, mas primeiro é preciso aprender o básico.
 
O que é Umbanda?
Qual é a minha religião?
Quais seus fundamentos básicos?
Qual o por quê de cada gesto ritual, de sua liturgia?
Qual é a sua magia, por que tantos elementos?
 
   Dentro da umbanda, existe um ambiente mais interno de iniciações na força dos Orixás, existe uma apresentação formal de muitas linhas de trabalho (caboclos, pretos velhos... etc), que se apresentam a quem queira se aprofundar no conhecimento sacerdotal. Por isso e muito mais, estudamos Teologia de Umbanda Sagrada e Sacerdócio de Umbanda Sagrada. Porque queremos mais, muito mais, da NOSSA RELIGIÃO, da religião de UMBANDA. Queremos muito, mas muito mais mesmo, que apenas ir ao terreiro uma vez por semana “fazer nossa obrigação”, ou “fazer a caridade”. Tudo rotulado, bonitinho, mecanicamente autômato. Estamos e continuamos comprando um pedaço do céu, agora chamado Aruanda. Muitos continuam católicos, no inconsciente, continuam espíritas, continuam com velhos paradigmas e perdem a oportunidade de ir mais fundo na Umbanda, estão presos na margem, na superfície, no raso. Vamos fundo na Umbanda, com a Umbanda e para a Umbanda.
 
EU SOU UMBANDISTA E VOCÊ??

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Os Procedimentos de Umbanda

Os Procedimentos de Umbanda

Escrito por Rubens Saraceni.
 
      
   A doutrina de Umbanda estimula os procedimentos corretos e incorporou aqueles mais afins com a própria natureza divina dos Orixás.
   A um médium é solicitado que conheça o mínimo indispensável para que possa realizar as práticas de Umbanda e seus rituais. Também é exigido que se estude um pouco, porque só assim entenderá tudo o que acontece dentro de um templo de Umbanda durante a realização das giras de trabalho.
   Cada religião tem seus paramentos ou suas vestes litúrgicas, e a Umbanda também tem os seus: vestes brancas.
Por que o branco é a cor preferencial da Umbanda?
   O branco é a cor de Oxalá, o regente da Fé no Ritual de Umbanda sagrada.      
   Logo, como a fé é o mistério religioso por excelência, o astral tem estimulado o uso dos paramentos brancos. O simbolismo da veste branca é bem visível, além de permitir uma uniformidade na apresentação do corpo mediúnico.
   Mas, se alguém se veste de branco e assume o grau de médium, dele também se exige que purifique seu íntimo, reformule seus antigos conceitos com relação à religiosidade e se porte de acordo com o que dele esperam os Orixás sagrados, pois serão estes que o ampararão daí em diante.
   A doutrina de Umbanda tem por objetivo primeiro o auxílio espiritual, e estimula o despertar da consciência religiosa nos médiuns. Os doutrinadores sabem que têm que ser pacientes, pois precisam lidar com pessoas oriundas de outras religiões, nas quais já desenvolveram uma consciência mais ou menos de acordo com o que pregam suas doutrinas.
   A doutrina tem como um dos seus procedimentos basilares nunca obrigar alguém a renegar a religião que praticava, pois nenhuma religião deve ser renegada ou criticada.
   O universalismo adotado pela doutrina de Umbanda não permite críticas às outras religiões, tampouco obriga alguém a renegar sua antiga crença.
   Quem proceder de outra forma não é ainda um verdadeiro médium de Umbanda Sagrada, a mais ecumênica das religiões. Em seus templos manifestam-se espíritos trazendo ainda vibrantes as suas antigas formações religiosas que lhes possibilitaram a ascensão espiritual aos níveis superiores da luz. Manifestam-se espíritos vindos de todas as outras religiões e regiões do planeta. Uns são hindus, outros são árabes, outros são judeus, budistas, cristãos... e até índios brasileiros e negros africanos, os seus fundadores espirituais. Logo, dentro dos procedimentos recomendados está o de absterem-se de qualquer crítica a outras religiões ou de alimentarem preconceitos religiosos mesquinhos.
   Outro procedimento recomendado é respeitar os templos de todas as religiões e seus espaços religiosos, pois, aquele que na respeita a casa alheia não respeita a própria.
   Se não consegue ver em um templo alheio uma morada de Deus, então não é digno de dizer que, no seu templo, Ele habita. Em verdade, onde as pessoas se reúnem para louvar a Deus, Ele ali se estabelece e se manifesta, não importando que O invoquem com outros nomes que não o de “Olorum” ou “Zambi”. Deus é único e os nomes que Lhe dão são apropriações humanas de Suas qualidades divinas manifestadas a todos o tempo todo. Afinal, Ele é tudo em Si mesmo e temos de invocá-Lo por um nome que mais nos fale ao coração, certo?
   Outros procedimentos recomendados, e já bastante divulgados, são relativos às práticas rituais:

• Em dia de trabalhos mediúnicos, não se deve comer alimentos de difícil digestão ou ingerir bebidas alcoólicas, pois estas entorpecem a mente a anulam a percepção extrassensorial, assim como abrem o campo mediúnico às vibrações negativas e estimulam o emocional dos médiuns;
• a mediunidade só deve ser desenvolvida com o recurso da concentração dos cantos rituais e dos atabaques, e nunca com o concurso de qualquer produto alucinógeno, o qual cria delírios emocionais e animismos;
• médium desequilibrado deve ser afastado do corpo mediúnico e encaminhado para tratamento médico-psicológico e espiritual;
• médium alcoolizado, ainda que minimamente, não deve realizar trabalhos práticos, ou deles participar;
• médium que não realizar a higiene espiritual e pessoal, tal como banho com ervas, não firmar uma vela para o seu anjo da guarda, não firmar sua esquerda e direita etc. não está apto a realizar um bom trabalho mediúnico. Nessa higiene pessoal inclui-se a bucal, pois não há coisa mais desagradável que um consulente ter que suportar o mau hálito de um médium relapso;
• estar sempre vestido com roupas limpíssimas;
• portar-se com respeito e silêncio dentro das tendas – espaços consagrados às divindades e aos rituais religiosos praticados dentro da Umbanda.

Texto extraído do livro “Código de Umbanda” - Rubens Saraceni - Editora Madras

sábado, 3 de novembro de 2012

NOSSO CANTINHO DE FÉ

Posto aqui para que vocês possam conhecer nosso humilde espaço, nosso cantinho de fé.


Nosso Congá
Nossa Casa



Refugio dos Caboclos


Casa das Almas
Casinha das Crianças




Cantinho da Malandragem


Firmeza do Anjo da Guarda

Firmeza da Tronqueira




Venham nos fazer uma visita:
Casa Umbandista de Oração Ogum Iara
Rua São Calisto, 621 - Taquara, Rio de Janeiro
Giras de atendimento as segundas-Feiras a partir das 20 hs 
Esperamos por Vocês.
SARAVA E MUITO AXÉ



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

UMBANDISTA FAZ OFERENDA OU FAZ SUJEIRA??

UMBANDISTA FAZ OFERENDA OU FAZ SUJEIRA??


   Esta é uma questão muito polemica entre os religiosos de umbanda, o que deixamos na natureza, ou seja, nos sítios energéticos e pontos de força dos Orixás, são oferendas ou poluição??

    Isso depende de que forma tratamos esse ato ritualístico importante na prática de nossa religião, que é naturalística, ou seja, cultua a natureza e suas forças como divindades, respeitando seus locais naturais.
   Bem o que estou tentando passar e que podemos oferendar nossos queridos Orixás e Entidades com a preocupação de não profanar com lixo nossos locais sagrados.
    Como assim?? Você pode perguntar: Recolhendo todo o material levado e não utilizados na oferenda, com sacos plásticos, embalagens, entre outros. Substituindo copos, pratos, louças e alguidares, por materiais mais biodegradáveis como coité feito de casca de coco, ou copos feitos de bambu e etc. Ou até mesmo oferendar sobre folhas do próprio local por exemplo.
    Existem varias maneiras e só criarmos o habito de nos preocuparmos com o que há de mais importante, a natureza que são os próprios Orixás.

   SUJIRO AOS AMIGOS UMBANDISTAS, UMA CAMPANHA PARA CRIAR IDEIAS SUJESTIVAS NA SUBSTITUIÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS EM NOSSAS OFERENDAS POR MATERIAIS MENOS POLUENTES.

   Abaixo posto uma sugestão: uma gamela feita com gomos de uma bananeira, linha e muita criatividade minha( modéstia parte). A bananeira utilizada foi cortada apos a retirada do cacho ( a planta morre apos a colheita) preservando suas filhas. Esta gamela pode ser utilizada para acomodar as "comidas" para todos os Orixas e entidades, inclusive para Exus que são mais exigentes em suas oferendas, Não ha quizilas para esta fruta e nem seus derivados. Aproveitem, CRIEM e me enviem por e-mail suas ideias e postarei no blog, o e-mail está no meu perfil.





abaixo um texto de autoria de Rodrigo Queiroz, boa leitura

por Rodrigo Queiroz – Revista Umbanda Sagrada


Na prática da Umbanda, a oferenda é um dos atos mais sagrados de conexão entre fiel e Divindade.
Toda religião tem sua prática ofertatória, quer seja uma fruta no Congá ou até uma nota de R$ 10,00 no envelope. Não importa, este é um ato de oferta, um ato de fé e cada religião tem a sua leitura própria de como deve ser esta prática.
Nas religiões naturais, de culto a Deus e Divindades na natureza, no geral estas religiões tem como pratica ofertatória a oferenda daquilo que vem da natureza, ou seja, flores, frutos, grãos etc.
A Umbanda é uma religião natural, ela entende a natureza física como pontos de força, santuário natural, sítio sagrado ou mesmo casa dos Orixás. E encontramos variadas formas de oferendas, tem oferenda para tudo, para energização, para descarrego, para abertura de caminhos, para prosperidade, para amor e por aí vai. O fato é que oferenda está presente no dia a dia do Umbandista.
Já que é tão comum o ato ofertatório e prioncipalmente depositado na natureza ou nos pontos de força, como: cachoeira, mata, bosque, mar, encruzilhada... Fica a pergunta: o Umbandista foi sendo preparado para ter consciência ambiental ?
Nunca se falou tanto em meio ambiente, efeito estufa, caos planetário como nestes últimos anos. Todavia se não fosse algo tão sério não se falaria tanto. Claro que podemos ajudar muito fazendo cada um a sua parte, como diminuir o tempo do banho, selecionar o lixo, diminuir o uso do carro, etc.
Mas é realmente preocupante o que fazem por aí os Umbandista e demais religiões quando entram na natureza para uma prática sagrada e acabam profanando o espaço sagrado. É isso mesmo, profanando !
Você já observou a quantidade de lixo que fica no pé da árvore ? Na beira do rio ?
Assustado ? Como é que falo lixo ???
Sim, é lixo mesmo !
Este artigo vai ser assim mesmo, um tanto indigesto, é para provocar náuseas e quem sabe ao final, no seu vômito, você comece a evitar que os Orixás continuem tendo que tolerar nosso lixo.
Vamos à parte prática. Reflita comigo, ok ?
O conceito de oferenda é o ato religioso de interação do fiel com seu guia, Orixá e forças da natureza. Energeticamente o prana das oferendas é usado em beneficio de quem oferenda ou pra quem se destina, ou seja, quando uma oferenda é feita para terceiro. Magísticamente é a movimentação de energias e elementais em beneficio próprio ou de outrem. Isso é a síntese pratica de como funciona a oferenda. A Umbanda é o culto à natureza e na oferenda colocamos tudo que é natural.
Partindo deste pressuposto fica claro que o conjunto geral da oferenda deve ser um ato salutar para todos os envolvidos, ou seja, o fiel, a natureza e o Orixá. Pense, os pontos de força naturais são as casas dos Orixás, como a mata está para Oxossi, o mar está para Iemanjá, as cachoeiras estão para Oxum, as pedreiras para Xangô, etc.
Oferendar também é uma forma de presentear. Você gosta de receber presentes e eu também, porém no final a embalagem jogo no lixo e fico com o que é usual no presente.
Sejamos práticos e objetivos. O saquinho plástico não é oferenda. A garrafa não é oferenda. Os descartáveis não são oferendas. O que é oferenda?
As flores, frutos e comidas.
Se a Umbanda vê a natureza como sagrado, logo deve preservá-la. Todo cidadão precisa de uma consciência ecológica para o exercício da cidadania, mas com o Umbandista a coisa vai mais longe, ecologia é preceito religioso, e isso significa muita coisa.
O respeito com a diversidade ritualística que encontramos em nossa religião não pode ser confundido com tolerância aos abusos. Porem antes de julgar precisamos orientar.
Sei que existem muitos conceitos sobre oferendas e postura dentro dos campos sagrados. Certa vez me falaram que tudo que entra na mata não pode sair, ou seja, aquelas dezenas de sacolinhas plásticas que serviram apenas de condutores materiais, tinham que ficar lá. Os copos plásticos, garrafas e bandejas de isopor também. A justificativa: não tirar carrego da mata !
Oras, ou aquele lugar é sagrado e como tal é benéfico, ou é profano e prejudicial, temos que definir isso na mente.
Pelo lado energético ou pergunto: o que vai me atrair negatividades. São as sacolinhas que por sinal são isolantes ou minha vibração mental e emocional ?
Se é a opção dois então qualquer ambiente me fará mal, certo ?
Então vamos descartar esta obrigatoriedade de poluir o espaço sagrado. Até porque esta pratica é mais atual do que parece.
Os antigos zeladores do culto de nação e vertentes afros, anterior á Umbanda ensinavam que as oferendas deviam ser depositadas sobre folhas de bananeira, chapéu-de-couro ( erva ) ou folhagens do Orixá ofertado. Isso é sabedoria natural, não existiam ainda campanhas ambientais. Mais que isso, eles ensinavam que para natureza só vai o que ela ofertava. Os elementos orgânicos se decompõem no solo e viram adubo, muitas vezes as sementes brotam e uma nova vida nasce naquele ambiente.
Contudo, hoje não vemos isso, o que encontramos são garrafas estilhaçadas ao redor de árvores, panos nobres servindo de toalha para o “ banquete divino “ e muitos descartáveis que não oferecem nenhuma utilidade.
Além de cuidar do meio ambiente, precisamos zelar pela boa imagem da religião. Pois, para aqueles que não são adeptos, quando chegam em ambientes com estes “ restos “, criam uma imagem bastante distorcida do real significado das oferendas.



Questão de Postura
Há algum tempo foi notícia em Porto Alegre – RS uma oferenda na beira do rio Guaíba contendo 77 cabeças de bode, claro que sabemos que não tem nada de Umbanda nisso, mas não foi isso que a mídia local divulgou. Também em Curitiba – PR foi pribido a entrada de Umbandista para pratica de oferendas numa reserva florestal, devido ao excesso de lixo não orgânico deixado na natureza e nem preciso citar as milhares de encruzilhadas diariamente forradas por elementos nada agradáveis.
Muitas vezes estes excessos provém da Umbanda, no entanto já foi manchada a nossa imagem e precisamos de postura real e firme, no dia – a – dia do fiel Umbandista, aliado a divulgações e mídias como que realmente a Umbanda se porta á natureza.
Em São Paulo capital, dois cemitérios ganharam há seis anos um Santuário de Obaluaiê / Omulú para os fiéis promoverem seus cultos e oferendas. No enttanto tivemos notícia que estes espaços serão desapropriados devido a depreciação do ambiente e a quantidade diária de animais mortos despejados ali.
Precisamos erradicar o contra – senso da má prática ofertatória. Para só depois conseguir mudar a imagem social.

Fazendo a Diferença
Foi preocupado com a violência urbana, privacidade e meio ambiente que o Sr. Pai Ronaldo Linares, presidente da Federação Umbandista do Grande ABC fundou há 30 anos o Santuário Nacional da Umbanda, um espaço que na origem era uma imensa pedreira e terra seca, hoje todo reflorestado com árvores tópicas, cachoeiras, rio e uma imensa área verde. O Umbandista tem toda liberdade e privacidade para realização de seus cultos e oferendas, inclusive em praças específicas para cada Orixá ou linha de trabalho. Hoje, 263 terreiros estão construídos nesta área e há 40 lotes disponíveis para aluguel diário aos interessados em fazer trabalhos na natureza. É aberto ao público geral sem restrições.
Lá sim, você pode fazer uma oferenda com panos, pratos, descartáveis, vidros etc, pois o Santuário conta com uma equipe de funcionários responsáveis pela limpeza, a coleta é seletiva, o que é reciclado tem seu destino certo, o que é orgânico vira alimento para o minhocário que produz o adubo utilizado para o plantio de 300 mudas mensais e faz parte do reflorestamento da Mata Atlântica que o Santuário mantêm.
Pai Ronaldo informa que o Santuário tem um compromisso muito sério com o meio ambiente, por isso são feitas três coletas semanais de lixo, totalizando uma média de 8 a 10 toneladas de puro lixo. Não está incluso nesta conta os recicláveis, orgânicos e alguidares. Em épocas de festa chega coletar quase o dobro disso. Todo esse lixo vem das 2 a 3 mil pessoas que freqüentam semanalmente o Santuário.
O mais interessante é como se aproveita a maioria dos materiais que seriam lixo. Os alguidares são limpos e triturados para servirem de cascalho nas estradas internas do parque. Louças, pratos, copos etc, também são limpos, desinfetados e defumados pela Mão – de – Santo, Dona Luiza, que separa tudo e encaminha para várias instituições de caridade.
Já os recicláveis são selecionados pelos funcionários que dividem o lucro da venda destes produtos, que não é pouco, sai um caminhão por mês cheio de garrafas e até duas toneladas de plástico, papel e latas, se juntássemos tudo isso, o peso seria em média de 25 toneladas ao mês de “ lixo “, evitado de ser despejado e destruir a natureza.
Próximo a cachoeira uma placa alerta os visitantes: “O lixo traz o rato, o rato traz a cobra, a cobra traz a morte”. A limpeza das oferendas é feita sempre com o prazo mínimo de 24 hs após ser arriada. “O Umbandista não precisa de uma catedral como só o gênio humano é capaz de construir. So precisa de um pouco de natureza, como Deus foi capaz de criar “ - frisa Pai Ronaldo.
Em Juquitiba, também interior de São Paulo, a União de Tenda de Umbanda e Candomblé do Brasil, presidida pelo Sr. Pai Jamil Rachid, construiu o Vale dos Orixás com o mesmo fim, porém, restrito aos filiados da federação.
Pai Jamil afirma que, por mês, cerca que 2.000 filiados utilizam este espaço.
Em Bauru – SP, a Federação Umbandista Reino de Oxalá, presidida por Sr. Pai Rubens Amaro, há oito anos fundou o Vale dos Orixás.
Infelizmente pelo tamanho do nosso corpo religioso são poucas as iniciativas para “ privatizar “ santuários naturais e trazer conforto, segurança e ecologia para nossa comunidade.
Mas se você reside distante destes espaços se adapte e faça a diferença.


Dicas de Bom Senso
De forma geral os Umbandistas se utilizam da natureza pública, poucos tem acesso aos recintos privados, como citamos. Portanto, todos nós podemos adotar atitudes simples que resultam em grande impacto.
Quando chegar no ponto de força da natureza e definir onde irá arriar sua oferenda, priorize forrar o chão com as folhagens do ambiente. Coloque os elementos e comidas sobre as folhas. Dispense pratos ou coisas do tipo. Os líquidos coloquem em copos descartáveis. Acenda as velas e prepare tudo.
Não há resultado em oferendas feitas às pressas, lembre – se que este é um ato sagrado e com dedicação deve ser ministrado. Então, faça as preces, cantos e pedidos com tranqüilidade. Normalmente na natureza em 30 a 40 minutos as velas já queimaram, ótimo. Recolha as borras e coloque no lixo. Antes de sair, jogue o líquido dos copos ao redor da oferenda, os descartáveis vão pro lixo. Faça o mesmo com garrafas e demais elementos. Certifique – se que ficará na natureza apenas material não poluente.
Seguindo esse preceito deixaremos de agredir a natureza sem perder o ato sagrado e ainda alegrar o Orixá. Não apóie velas no tronco das árvores, você pode matá – lãs. E lembre – se: LIXO NO LIXO !


Conceitos de Oferendas e a Natureza
No livro Rituais Umbandistas de Rubens Saraceni, pela Editora Madras, o autor cita na página 21 que “ o ato de fazer uma oferenda ritual a um guia espiritual em um ponto de força abre – lhe a possibilidade de recorrer à própria hierarquia e às forças da natureza, tanto para auxiliarem seu médium como para socorrerem as pessoas que atender. “ Ele ainda complementa que “ a oferenda ritual atua como uma chave de abertura e de religação do médium com o Orixá...”
O espírito Ramatís no livro A Missão da Umbanda, editora do Conhecimento, na página 94 elucida que “ na cosmogonia das religioes africanistas, especialmente a ioruba, o ato de “arriar “ uma oferenda estabelece e perpetua uma troca de força sagrada entre dois mundos: o divino oculto e o profano visível; tudo é energia e tem mais afinidade com este ou aquele Orixá. Essa energia deve estar sempre em movimento em ambos os sentidos: entre o plano concreto – material e o invisível – astral. Assim como a água em seu ciclo sucessivo de chuva, evaporação, resfriamento e degelo, a dinâmica de transferência energética é considerada essencial e parte da vida. “
Observamos dois autores que ao tratar das oferendas convergem no mesmo ponto. A grandiosidade e sacralidade da oferenda e dos pontos naturais.

Tempo de Indigestão da sua Oferenda

Material
Tempo de Degradação
AlguidarIndeterminado
Louças ( Ibás )Indeterminado
Lata de Alumínio200 a 500 anos
VidroIndeterminado
IsoporIndeterminado
Metal100 anos
Garrafa Pet400 anos
Copo de Plástico50 anos
Bituca de Cigarro5 anos
Papel3 a 6 meses
Pano6 meses a 1 ano
Sacolas Plásticas100 anos
Tampinha de Garrafa150 anos
Palito de Fósforo6 meses


sábado, 20 de outubro de 2012

VOCÊ AGUENTA, OU QUER IR PARA O FERRO VELHO DAS ALMAS??

Posto este belissimo texto de autoria de Rodrigo Queiroz que complementa bem a ultima postagem que fiz. Boa Leitura

O Ferreiro

 

   Um certo ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus, durante muitos anos trabalhou com afinco, praticou a caridade. Mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.
   Uma bela tarde, um amigo que o visitava e que se compadecia de sua situação difícil comentou: "É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado". O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida.
   Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, pensou bastante e terminou encontrando a explicação que procurava. E lhe falou o ferreiro: "Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. E repito esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente".
   O ferreiro deu uma longa pausa, acendeu um cigarro e continuou: "Às vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria".
    Mais uma pausa e o ferreiro concluiu: "Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas, a única coisa que peço é: meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas".

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ONDE ESTÁ SEU RECONHECIMENTO??

UMBANDISTA, VOCÊ ESPERA POR SEU RECONHECIMENTO??


   Caros irmão Umbandistas, hoje gostaria de falar a respeito de nossos trabalhos, Vejo em muitos terreiros uma reclamação comum, " eu me doou a espiritualidade, emprestando meu corpo as entidades, despendendo meu tempo nos trabalhos da Seara, ajudo a varias pessoas a resolverem seus problemas, e o que eu ganho com isso??, quando será minha vez??. Acreditem essa é uma reclamação muito comum.
   Acredito que nossos trabalhos dentro de um templo, seja em qualquer religião, mas principalmente na Umbanda, não deve ser encarado como uma obrigação, pois nada que é feito com e por amor, pode ser visto como obrigação.
   Um hobbie que você pratica, é feito com gosto, porque você sente prazer, faz com amor e não espera nada em troca a não ser a satisfação de pratica-lo, assim devem ser nossos trabalhos dentro do terreiro.  
   No terreiro, nos dedicamos aos trabalhos da caridade, "doamos" nosso tempo e nosso corpo, por amor as entidades e principalmente a nosso próximo, nossos irmãos necessitados, não devemos esperar nada em troca, pois como diz meu querido Pai Joaquim Preto do Cruzeiro das Almas, nos já chegamos neste mundo com muito pra pagar, e a grande recompensa, está em servir a nosso criador, a DEUS.

Veja o video deste link:




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ora iê iê ô mamãe Oxum


ORA IÊ IÊ Ô MAMÃE OXUM!!

 Eu vi mamãe Oxum na cachoeira

Sentada na Beira do Rio

Colhendo Lirio, Lirio lê

Colhendo Lirio, Lirio lá

colhendo lírios pra enfeitar nosso Congá 

Hoje 12 de outubro é dia de Nossa Senhora Aparecida!!!

   Um dia tão especial como hoje, deve ser muito bem comemorado, não bastando ser a padroeira do nosso querido Brasil, essa importante santa católica é sincretizada em nossa Umbanda como o Orixá Oxum.
  Nossa querida Mãe Oxum é a senhora da concepção, do ouro, da prosperidade, das aguas doces, dos minerais e das crianças. É o amor puro, incondicional e divino. Ou seja a razão de trabalharmos em nossos terreiros, pois pelo amor aos nossos irmãos é que nos colocamos a disposição da caridade, pelo amor cultuamos nossos Orixás, por amor nos doamos aos nossos guias e por amor eles se doam a nós.
   Esta é a importância deste Orixá, que junto com seu par energético Oxumaré, formam a segunda linha de umbanda, o Trono do amor. Suas cores são o azul turquesa, o amarelo, o rosa e claro o dourado, suas pedras a ametista ou quartzo rosa, suas flores as rosas , as palmas e principalmente os Lírios todas  brancas ou rosas e seus pontos de forças as cachoeiras, rios e nascentes.

   Abaixo uma oração para que possamos evocar esse amor divino em nossos corações:
   

Oração à Oxum:
por Mãe Monica Caraccio
Saravá Mamãe Oxum. Saravá Protetora dos velhos, das crianças e dos desamparados. Benditas são suas águas que lavam meu ser e que me livram do mal. Oxum, Divina Rainha, bela Orixá, venha a mim caminhando na Lua cheia e estendei o Vosso Manto sobre minha cabeça. Traga Mãe, em suas mãos, os lírios do amor e da paz. Torne-me doce, sedutor(a) e suave como és. Daí-me forças para não cair estenuado pelo cansaço e pelo desânimo. Dai-me forças para que eu não me perca nos caminhos da ingratidão e da descrença. Amparai-me com o Vosso Poder, para que eu não me enverede pelas estradas escuras do pecado, da ambição, do ódio e da maldade. Afastai de meu coração o sentimento de vingança. Dai-me forças para saber perdoar os que me ofendem, os que me insultam, os que me perseguem e os que me humilham. Que o amor seja constante em minha vida. Que eu possa amar a tudo que existe. A Vós Mamãe Oxum, que sois o reflexo divino do Amor, ergo as minhas preces em agradecimento pelas bênçãos que recebo e que irei receber através de Vossa interseção junto ao Pai Oxalá. Nas águas das cachoeiras, nos lagos e nos rios, a Vossa força irradia proteção e luz para os sofredores, os enfermos e os angustiados. Ajoelho-me ante o Vosso manto luminoso e suplico com toda a minha fé que não me abandone nas horas de aflição e amargura. Ajudai-me Mamãe Oxum, protegei-me agora e sempre. Perdoe-me pelas minhas falhas. Perdoai os meus erros e as minhas omissões. Lançai o esplendor da Vossa Luz em meus caminhos para que minha humildade se transforme em força, afim de chegar até Vós.
Saravá Mamãe Oxum. Orá iiê Oxum.

Este vídeo do link, apesar de ser um ponto de nanã retrata bem a nossa querida Mãe Oxum

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

UMBANDA QUEM ÉS??

Compartilho hoje um texto que descreve bem nossa amada umbanda, Infelizmente não conheço o autor, espero que gostem, boa leitura





UMBANDA, QUEM ÉS?

Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.

Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.

Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.

Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás.

Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira e o doce do Ibeji.

Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana, a seriedade do Tranca-Rua.

Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga e de Cambinda; a traquinada de Mariazinha da Praia e a sabedoria de Urubatão.

Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz.

Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso. Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores.

Sou livre. Não tenho Papas. Sou determinada e forte.
Minhas forças? Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por caridade.

Minhas forças estão nas entidades espirituais que me utilizam para seu crescimento.

Estão nos elementos. Na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, no mandala do ponto riscado.

Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia.

Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo, na última partícula da tua mente, onde te ligas ao Criador.

Quem sou? Sou a humildade, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura.

Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti. Sou de Deus. Sou Umbanda

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

VOCÊ É FILHO OU SOBRINHO??


Um dia um jornalista ao entrevistar uma Mãe de Santo, perguntou: “Quantos filhos a sua casa tem?”.
A senhora não lhe respondeu como ele esperava, disse que ele deveria acompanhar as atividades do terreiro na próxima semana que ele teria a resposta. E assim foi no sábado pouco antes de iniciarem os trabalhos lá estava ele sentado na assistência observando tudo. Viu que havia mais ou menos 40 médiuns, quase todos estavam na corrente, prontos para a gira, e aproveitavam estes momentos que antecediam o inicio dos trabalhos para mostrarem uns aos outros suas roupas novas, ou para colocar algum assunto em dia. Mas notou também que um grupo de cinco médiuns estava em plena atividade arrumando as coisas para o inicio dos trabalhos.

O trabalho foi muito bonito e alegre, quando terminou viu que a grande maioria dos médiuns se apressa em se retirar, uns porque queriam chegar logo em casa, outros por terem algum compromisso. Notou mais uma vez que aqueles mesmos cinco médiuns que antes do inicio arrumavam as coisas, agora eram os que começavam a limpar e organizar o terreiro depois dos trabalhos.
Na segunda feira havia um momento de estudo no terreiro e ele foi convidado, ao chegar ao local, chovia muito e, viu que menos da metade da corrente se fazia presente, novamente notou que aqueles cinco estavam lá.
Na quinta feira haveria um trabalho na Lina do Oriente, e também passaria na TV um jogo da seleção, novamente bem menos da metade da corrente apareceu, mas aqueles cinco estavam entre eles.
No sábado novamente estava sentado na assistência e novamente repetiu o que havia acontecido na semana anterior, os cinco médiuns fazendo os últimos preparativos para o inicio dos trabalhos, e também a limpeza assim que estes se encerraram, e foi no término dos trabalhos que foi chamado pela Mãe de Santo, que lhe perguntou:
─ Você conseguiu descobrir quantos filhos tem em nossa casa?
─ Contei 43 minha mãe – respondeu.
─ Não, filhos de verdade tenho cinco. São aqueles que estavam presentes em todas as atividades da casa.
─ E os outros?
─ Os outros são como se fossem “sobrinhos” de quem gosto muito e que também gostam da casa, mas só visitam a “tia” se não houver nenhum atrapalho ou programa ‘melhor’, e mesmo vindo muitas vezes ficam contando os minutos para acabarem os trabalhos.
O rapaz muito sério perguntou:
─ E por que a senhora não impõe regras para mudar isso?
─ Meu filho a Umbanda não pode ser imposta a ninguém, tem de ser praticado com entrega, o amor à religião não pode ser uma obrigação, ele deve nascer no coração de cada um, e o mais importante, a Umbanda respeita o livre arbítrio de todos os seres…
E nós, somos “filhos” ou “sobrinhos” de Umbanda?
Somos Umbandistas em todos os momentos de nossa vida, ou somos Umbandistas somente uma vez por semana durante os trabalhos no terreiro?
Agora reflita em suas ações e pergunte pro seu coração…
Você é filho ou sobrinho

NEGO VEIO TÁ CANSADO

Meus caros irmão, estou postando diariamente neste inicio do blog, mas pretendo com o tempo apenas uma postagem por semana, espero que aproveitem.

Hoje vou compartilhar com vocês uma citação feita pelo meu querido Preto-velho, Pai Joaquim Preto do Cruzeiro das Almas Benditas, com quem tenho a sorte e o privilegio de trabalhar pela caridade. Espero que curtam.




NEGO VÉIO TÁ CANSADO

Que venham todos os fios
Que esse sunces tem de escutá
Nego véio tá cansado de tanto labutá
Não de trabaiá na caridade
Mas de vê tanta vaidade esses fios carregar
Se esquece que nessa vida nos não veio pra ganhá
Nos já chegô perdendo com muito pra pagá
Fios se esquece de seu próximo
Já achando que fez muito
e se esquece que só recebe aquele que pede junto
nego véio tá cansado de tanto labutá
de batê nessa madera sempre no mesmo lugar
de sentí a ingratidão de quem só oia pra frente
e não vê o que ganho, essa vida que é um presente
que esse véio aqui, tem que me dá
é obrigação dele veio aqui pra nus ajudá
nego véio ta cansado de tanto labutá
de batê nessa madera sempre no mesmo lugar.

Por Pai Joaquim Preto do Cruzeiro das Almas Benditas



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Leiam este texto e reflitam sobre ele, espero que toque os corações rijos sobre a importância do amor

Você diz eu te amo?
por Rodrigo Queiroz
Você diz eu te amo?
Dois irmãozinhos brincavam em frente de casa, jogando bolinhas de gude. Quando Júlio, o menino mais novo, disse ao irmão Ricardo: - Meu querido irmão, eu te amo muito e nunca quero me separar de você! Ricardo, sem dar muita importância ao que Júlio disse, pergunta: - O que deu em você moleque? Que conversa besta é essa de amar? Quer calar a boca e continuar jogando? E os dois continuaram jogando a tarde inteira até anoitecer. À noite, o senhor Jacó, pai dos garotos, chegou do trabalho. Estava exausto e muito mal humorado, pois não havia conseguido fechar um negócio importante. Ao entrar, Jacó olhou para Júlio, que sorriu para o pai e disse: - Olá Papai, eu te amo muito e não quero nunca me separar do senhor! Jacó, no auge de seu mau humor e stress, disse: - Júlio, estou exausto e nervoso. Então, por favor, não me venha com besteiras! Com as palavras ásperas do pai, Júlio ficou magoado e foi chorar no cantinho do quarto. Dona Joana, mãe dos garotos, sentindo a falta do filho foi procurá-lo pela casa, até que o encontrou no cantinho do quarto com os olhinhos cheios de lágrimas. Dona Joana, espantada, começou a enxugar as lágrimas do filho. E perguntou: - O que foi Júlio? Por que choras? Júlio olhou para a mãe, com uma expressão triste e lhe disse: - Mamãe, eu te amo muito e não quero nunca me separar da senhora! Dona Joana sorriu para o filho e lhe disse: - Meu amado filho, ficaremos sempre juntos! Júlio sorriu, deu um beijo na mãe e foi deitar-se. No quarto do casal, ambos se preparando para se deitar, Dona Joana pergunta para seu marido Jacó: - Jacó, o Júlio está muito estranho hoje, não acha? Jacó, muito estressado com o trabalho, disse à esposa: - Esse moleque só está querendo chamar a atenção... Deita e dorme mulher! Então, todos se recolheram e todos dormiam sossegados. Às duas horas da manhã, Júlio se levanta e vai ao quarto de seu irmão Ricardo e fica observando-o dormir... Ricardo, incomodado com a claridade, acorda e grita com Júlio: - Seu louco, apaga essa luz e me deixa dormir! Júlio, em silêncio, obedeceu ao irmão, apagou a luz e se dirigiu ao quarto dos pais... Chegando lá, acendeu a luz e ficou observando seu pai e sua mãe dormirem. O senhor Jacó acordou e perguntou ao filho: - O que aconteceu Júlio? Júlio, em silêncio, só balançou a cabeça em sinal negativo, respondendo ao pai que nada havia ocorrido. Daí o senhor Jacó, irritado, perguntou ao Júlio: - Então, o que foi moleque? Júlio continuou em silêncio. Jacó, já muito irritado, berrou com Júlio: - Então vai dormir seu doente! Júlio apagou a luz do quarto, dirigiu-se ao seu quarto e se deitou. Na manhã seguinte todos se levantaram cedo. O senhor Jacó iria trabalhar, a dona Joana levaria as crianças à escola. E Ricardo e Júlio... Mas Júlio não se levantou. Então, osenhor Jacó, que já estava muito irritado com Júlio, entrou
Bufando no quarto do garoto e gritou: - Levanta, seu moleque vagabundo! Júlio nem se mexeu. Então, Jacó avança sobre o garoto e puxa com força o cobertor do menino com o braço direito levantado, pronto para lhe dar um tapa, quando percebe que Júlio estava com os olhos fechados, e que estava pálido. Jacó, assustado, colocou a mão sobre o rosto de Júlio e pôde notar que seu filho estava gelado. Desesperado, Jacó gritou, chamando a esposa e o filho Ricardo, para verem o que havia acontecido com Júlio... Infelizmente o pior. Júlio estava morto e sem qualquer motivo aparente. Dona Joana, desesperada, abraçou o filho morto e não conseguia nem respirar de tanto chorar. Ricardo, desconsolado, segurou firme a mão do irmão e só tinha forças para chorar também. Jacó, em desespero, soluçando e com os olhos cheios de lágrimas, percebeu que havia um papelzinho dobrado nas pequenas mãos de Júlio. Jacó, então, pegou o pequeno pedaço de papel. E havia algo escrito com a letra de Júlio. - "Outra noite Deus veio falar comigo através de um sonho. Disse a mim que, apesar de amar minha família e de ela me amar, teríamos que nos separar. Eu não queria isso, mas Deus me explicou que seria necessário. Não sei o que vai acontecer, mas estou com muito medo. Gostaria que ficasse clara apenas uma coisa: - Ricardo, não se envergonhe de amar seu irmão. - Mamãe, a senhora é a melhor mãe do mundo. - Papai, o senhor de tanto trabalhar se esqueceu de viver. - Eu amo todos vocês! Quantas vezes não temos tempo para parar e amar, e receber o amor que nos é ofertado? Talvez quando acordarmos possa ser tarde demais... Mas ainda há tempo!  
Amem sem compromisso e sem a obrigação do retorno, apenas por amar, está ai o grande segredo da felicidade

Abraços Luis Rocha

  Rua São Calisto, 621 – Taquara ---Tel: (21) 2435-1521
Atrás do Supermercado Guanabara

GIRAS COM CONSULTAS AS 2ª FEIRAS
A PARTIR DAS 20 hs


BEM VINDO

Bem vindo Caro Internauta Umbandista

Crio este blog para que venha ser mais uma fonte de conhecimento a respeito de nossa religião,  espero que compartilhem comigo todas as informações que postarei aqui em nosso espaço, gostaria da participação dos irmão, pois minha intenção é esclarecer as duvidas que surgem a respeito de nossa querida Umbanda

Espero que curtam e aproveitem, obrigado

Luis Rocha
Sacerdote da Casa de Oração Ogum Iara
Bairro Taquara
Rio de Janeiro